O que eles dizem?
E tudo o que eles falam
eu não entendo...
Gesticulam, vociferam,
contam vantagens
sobre os novos carros,
as mesmas velhas viagens
... e eu só vejo ganância,
monotonia...
Ouço estranho... vejo estranhos...
Tantos floreios
sob um coral de vozes
que não dizem coisa alguma
sob um coral de vozes
que não dizem coisa alguma
... que a alma não alcança...
E nesse espaço
interminável de tempo
meu peito se imola,
marulha,
sonhando poesia
surda pra esse mundo,
rasgada à luz do dia.
interminável de tempo
meu peito se imola,
marulha,
sonhando poesia
surda pra esse mundo,
rasgada à luz do dia.
Denise Matos