A MINHA RUA

Como serpente fingida, displicente,

a minha rua segue entre a gente,

com o seu jeito meigo e acolhedor...

Não diz sequer quem a vê, de fora,

quanta mentira que em cada casa mora

e que em cada casa mora uma dor!

Na sua face plácida não se vê

o desespero, a solidão, o desprazer

- por trás da calmaria - o dissabor!

A minha rua é como tanta gente:

mostra tranquilidade aparente

e oculta um mundo envolto em desamor!

VanePedrosa

(Este poema foi composto quando morava em Satuba/Al., minha cidade natal, diante de uma triste realidade: a desarmonia entre um casal vizinho. A rua a que me refiro é a 17 de Agosto, onde nasci, cresci e adolesci.

VanePedrosa
Enviado por VanePedrosa em 13/11/2013
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