NÃO HÁ LÁGRIMAS

Não há lágrimas

que possam sair

dessa boca

que surda, me furta.

Há apenas a agulha

que rasga o seio

desse meio

que aberto, me fecha.

Não há certeza

que não plante a dúvida

dessa dívida

que minha, caminha.

Há, apenas

e dói.