TRANSITIVA

Leve e fluida é a vida

no seu eterno passar.

Devaneio permanente,

inconstante dançar...

Na vereda de enganos,

do nascente ao poente,

os anos vão breves

no esteio da lida.

Que ilusão, viver!

Quimera que se afoga

sob o manto do querer

ser, em vão, na espera

de morrer...

De uma só voz, o cantochão,

antes da chegada à foz

e retornar ao pó.

Sonho sonhado a sós,

a vida

se esvai como o fumo

sem rumo, sem nós

e arroga a si

a ida e também a vinda

tão linda

e sempre tão perdida...

linameirelles

rio,12.11.13