Vislumbres dos Dias de Silêncio

Dos dias que falo em silêncio

o olhar diz palavras de alto teor,

dos dias que sofro calado

o olhar grita um remédio pra dor.

Dos dias que voo liberto

o olhar corre o mundo a sobrevoar,

dos dias que a vida é profunda

o olhar taciturno vislumbra o mar.

Dos dias nus versificados

o olhar vê os detalhes surgindo ao redor,

dos dias rimados tranquilos

o olhar vê aquilo que tem de melhor.

Vislumbres dos dias de trevas

e da luz nesse escuro a contemplação,

vislumbres dos crimes de guerra

e na ponta da espada a rosa e um coração.

Dos dias que vão inacabados

o olhar é alado e vê céus e infernos,

dos dias sem sol e sem lua

o olhar que perdura é frio como o inverno.

Vislumbre de versos e lumes

e no archote na noite a alma da estrela,

vislumbres de letras doiradas

rasgando os cadernos pelas madrugadas.

Vislumbres do olhar do poeta

que mira nas flores a cor do planeta,

e o beijo final do poema

nas cores serenas de uma açucena.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 12/11/2013
Código do texto: T4567277
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