Meu Canto aos Orixás

Um céu tão pesado de chumbo

e há nuvens de escamas cinzentas

temporal é o que aparenta

Iansã ruge em voz de trovão

entre raios cortantes no espelho

entre as vozes dos meus Orixás.

Um céu plúmbeo tal qual a tristeza

e há nuvens molhadas no ar

enxurrada igual correnteza

Iemanjá navegando no mar

entre ondas e bafos de vento

entre as bênçãos dos meus Orixás.

Um céu obstante encharcado

e há nuvens debaixo dos pés

meu cavalo tem asas e chifres

Ogum vem assim cavalgar

entre monstros e rijos dragões

entre as espadas dos meus Orixás.

Um céu nato e um chão sertanejo

e há nuvens de poeira a assentar

minha estrada morre em outro plano

e os Ciganos a me acompanhar

entre rosas vermelhas e ouro

entre as riquezas dos meus Orixás.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 12/11/2013
Código do texto: T4567272
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.