Hoje!

Hoje

eu quero uma rosa

banhada pelo orvalho

desta madrugada.

Quero uma rosa

aquecida pelos raios

primeiros, deste sol

que nasce e que fecunda a vida.

Hoje

quero uma rosa

cheia de poesia

e que encerre toda magia

de um gracioso segredo.

Quero o privilégio

do desabrochamento floral

da natureza.

Quero uma rosa

como as que “ornavam a nave

das basílicas romanas”.

Quero uma rosa rainha.

Quero uma rosa soberana.

Hoje

quero uma rosa

meiga, pura, bem singela.

Uma rosa igual àquela,

que sensibilizou

teus sentimentos.

E, que naquele instante

e findo momento,

fez duas gotas cristalinas,

dos teus olhos meu amor

nascerem!...

Nilópolis, 10/04/1999.

Poema publicado na coluna literária da Academia

Nilópolitana de Letras da Arcádia de Letras de Nova Iguaçu. RJ.