A carta
Em versos desenhados com letras cursivas
Transformando conjuntos de palavras em sentenças
Dando vida a um toque sem tocar...
Escorrem da ponta do lápis para o papel
Frases mudas que cantam canções
Sem destino certo foi arremessada ao vento
Esperando que o acaso faça a sua parte novamente...
Cruzando todos os céus e estradas
Correndo o risco de se desfazer em pedaços
Sua mensagem de qualquer forma será ida sem volta
Caso toque a sua pele
O mesmo acaso não irá me responder
Apenas observará até eu me cansar de esperar
E quando isso acontecer
Algumas palavras por mim passarão
Se vou me tocar, se vou me lembrar
Talvez só quando for tarde demais...
Joguei essa carta ao vento
O acaso vai entregar para quem ele quiser
Nunca saberei o que minhas palavras viram
O destinatário nunca saberá a cor dos olhos de quem a escreveu.