PRECE
Quero cantar, em meus poemas, agora,
e, em meus textos, como quem chora,
por causa da distância que nos separa,
desde que você decidiu que ia embora!
Eu vou contar e cantar em meus versos,
tão diversos, que a parte que me coube,
até diminuía a distância que nos separa,
mas aí, aumentava a saudade ao inverso!
A parte que me coube eu sempre fiz!
Retribuir você não soube, nem quis!
Ah! Quanto me faz sofrer seu adeus,
ao ausentar-se junto aos passos meus!
Ah! Se por ventura chorar eu soubesse,
e me derramar em prantos uma prece,
aprenderia então, abraçar sua ausência
e sofreria menos em minha existência!
Ilha Solteira, 20/03/1983