PRAZER EM CONHECER
Como quem esconde a morte, doía.
Cantava minha tristeza em ária a parte,
falseando um doce soar, mas com arte,
sabendo que meu íntimo sofria.
Estava navegando e você chegou,
foi tudo combinado pelo telefone,
meu amigo perguntou teu nome,
mas eu estava mesmo ocupado,
bem longe, e você chegou,
prazer em conhecer, clareou.
O carro seguia, no labirinto da cidade,
e você disse: por cima, amenidade...
Não houve entendimento, fomos por baixo,
meio pelo acaso.
Chegamos ao paraíso dos casais,
fiquei atônito, vivendo o novo,
sem nada a mais...
Bateu o combinado, hora da troca,
fui deixar a metade ao amigo,
bati à porta, e claro atrapalhei,
mas houve consenso do nada,
como se valesse o inesperado.
E você me seguiu,
e assim tudo se abriu,
apesar de que a admiração...
Era pela banheira, ainda assim rolou amizade,
uma história entre eles, tudo enfim a mim antecedente.
Ao grande fato de sentir,
que você foi tudo que sonhei.
Então não acordei,
mas cai na real, foi tudo...
Muito bom, diria...Astral.
Vida...Disfarçada em mundo de classes,
quase nada, para caminho perseguir,
me deixando à míngua a padecer.
E agora? Como devo viver?
Asas e voos podemos seguir...
Surpreendente é viver,
Então: prazer em conhecer.