Trinta e três (1995)
33 anos!
Meu sangue já corre livre em outras veias.
A continuidade está dada.
33 anos!
Diminuem-se as opções.
É quase um tudo ou nada.
33 anos!
É hora de aferir o rumo,
De garantir os passos na estrada.
O tempo é como uma bomba acionada:
Explodirá “independentemente das vontades”.
O esquife guardará meus restos até que os vermes os destruam.
Ao pó voltarei!
Na trilha da vida construí meu destino,
Sendo o hoje o pensado ontem.
No amanhã a decisão do hoje será fatal
E apontará o caminho para os que virão.
Antes do pó, lutarei!
Aos 33 minha canção se faz armada
E o corpo ardente do fuzil o desejo mais premente.
Aos 33 a mulher faço amada
E nossos corpos se fundem
Como se não houvesse presente.