INDEPENDÊNCIA E MORTE
Setembro trouxe as asas,
Preparou a liberdade.
Diluiu-me os pensamentos
De obscuros pressentimentos.
Alguns medos permearam as grades.
Nos espelhos, silhuetas evanescentes.
Na contramão, em total incompreensão,
Houve respiros, hiatos de serenidade.
Setembro trouxe as asas,
Os voos de liberdade
Até onde a vista alcançou...
E entre clarinetas e balizas
Antes da primeira claridade,
A alma do amigo levou.
Do anterior novembro
Guardo tuas hortênsias,
Em degradê de azuis.
(para Aldo Lopes, com saudade.)