[O passo da vida]
Quando saio à rua,
eu olho as pessoas,
vejo os seus gestos,
os trejeitos, os passos...
Sei que dramas, angústias,
dores aplacadas com dipirona,
dores sem remédios,
deambulam ante os meus olhos.
Eu e os meus nadas,
perdidos entre os deles:
somos e seremos sempre estranhos,
ainda que nos abracemos!
É o passo da vida... nada a fazer!
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[Desterro, 04 de novembro de 2013]