O DESCONHECIDO

Olha... leva um certo tempo,

Um tempo deveras lento,

Mas enfim a nossa essência

Após pular mil abismos,

Fugir dos cataclismos,

Livrar-se dos misticismos

Começa a rodopiar.

Flutua, leve e sem vícios

Sem sentidos e quase morta

Ultrapassa aquela porta,

Ah, aberta da eterna prisão,

E sem rumo e sem razão

Para fazer alguém feliz

Escapa assim por um triz

Do pedido que fora feito

Mas quase nunca ouvido

Ou quase nunca entendido

Pois era um buraco no peito.

Quando foi que prometemos?

Quando nascemos ou morremos?

Que iríamos realizar,

O desejo de um outro

O sonho ou o conforto

De quem nunca veio se apresentar?

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 06/11/2013
Código do texto: T4559870
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