GLOBALIZAÇÃO
Minhas rimas não são emergentes,
nem meus versos globalizados,
mesmo assim
da minha cadeira,
navego pelo ciberespaço.
Enquanto o planeta
se disfarça de globalizado,
e alguns posam de emergentes...
Etnias se chacinam
por supremacia,
judeus e árabes se unem
contra a paz.
Ainda se morre
de fome,
ainda se morre
de diarreia.
Ainda se mata
para roubar,
ainda se mata
para calar.
Ainda se corrompe
pelo poder,
ainda se corrompe
pelo dinheiro.
O planeta virou um mercado,
os poderosos, mercadores,
as cifras são valiosas.
A vida...
um produto descartável.
Gritam os ecologistas,
gritam os pacifistas,
gritam também as religiões.
Gritam...
apenas gritam.
Porque quem detém o poder,
o tríplice poder,
político,
econômico
e espiritual,
diverte-se com a gritaria.
É no poder que está
a fartura,
é no poder que estão
as riquezas,
é no poder que estão
os privilégios.
Um planeta globalizado,
de débeis mentais emergentes,
de loucos varridos emergentes,
gera terrorismo emergente,
cria insanidade globalizada.