Torrente de emoções


Como conter esta torrente de emoções afloradas
Que me rompe de dentro do peito, subitamente,
Ao lembrar de cada uma das mulheres amadas,
Por toda uma vida, mantidas em minha mente?
Como conter esta imensurável alegria incontida,
Que irrompe súbito do mais profundo de meu ser,
Ao ver que cada uma delas integrou minha vida,
De forma diferente e a seu tempo alegrou meu viver?

Ao amor que ora tenho, sinceramente eu me escuso,
Pedindo humildemente que me perdoe se as recordo,
Pois o que ora sou a elas devo, mesmo em desuso,
Fizeram-me melhor do que antes e desde que acordo,
Agradeço a Deus por terem participado de minha vida,
Passando-me de mãos em mãos, conduzindo-me para ti,
Em tua direção, onde me aguardas como mãe desvalida,
À espera do momento terno a ser vivido eterno em frenesi.

Por isso, amor, a elas também ame como eu o ora faço,
Acolha-me em teus seios, sacia a sede deste lactante,
Retém-me em teu amado ventre, neste adorado regaço,
Faz-me sentir teu amigo, namorado, amado, amante.
E a ti, juro com o mais profundo e sincero de minh´alma,
Que não há motivos ou razões para que tenhas ciúmes,
Pois é teu corpo e mente que me mantém e me acalma,
Serão meus ouvidos que ouvirão sempre teus queixumes.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 06/11/2013
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