E, ainda insistes, no sorriso?
Desejas um sorriso...
Como sorrir, quando a morte acompanha teus passos?
Como sorrir, quando a vida nascida morre antes de ver-te?
Como sorrir, se a cada desgraça apresentas o coração?
Como sorrir, se és a arma da própria desgraça?
Desejas um sorriso...
Terás sim, as flores plantadas no cemitério do meu corpo!
Terás sim, as lágrimas derramadas pela incompetência!
Terás sim, os reflexos guardados num espelho insaciável de morte!
Terás sim, o sofrimento enterrado irreversivelmente na minh'alma!
Mesmo assim, ainda insistes, no sorriso?
JCVMoura – 11/03/2010 – 21h56