POBRE HOMEM VELHO
POBRE HOMEM VELHO
Quando
O cair das folhas
Se faz eterno
Ele segue sentado
No banco da realidade
Com um copo
De aguardente difícil de tragar
Em um silencio que mais parece um soluçar
Gesticula algo proibido
Enquanto o alcool oculta a dor
Sorri sozinho
Soluça e da risada
Sua voz é um sussurro
Conhecedor das verdades universais
Engole sentenças existenciais
E esconde com sua vasta experiência
O vazio de sua existência
(Orides Siqueira)