POBRE HOMEM VELHO

POBRE HOMEM VELHO

Quando

O cair das folhas

Se faz eterno

Ele segue sentado

No banco da realidade

Com um copo

De aguardente difícil de tragar

Em um silencio que mais parece um soluçar

Gesticula algo proibido

Enquanto o alcool oculta a dor

Sorri sozinho

Soluça e da risada

Sua voz é um sussurro

Conhecedor das verdades universais

Engole sentenças existenciais

E esconde com sua vasta experiência

O vazio de sua existência

(Orides Siqueira)

Orides Siqueira
Enviado por Orides Siqueira em 06/11/2013
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