A NEGRA NA NOITE

A NEGRA NA NOITE

Ela entrou chamando atenção,

Deixando todos sem ação.

Quero no seu corpo navegar,

Mesmo que eu no inferno vá queimar.

Seus seios são montanhas encantadas,

Com os quais queria brincar em minhas madrugadas.

Seus cabelos negros crespas cascatas,

Negra, eu imagino quantas foram as cantadas.

Seu corpo todo eu quero explorar,

Nele eu quero apenas viajar.

Só quero cada curva uma surpresa descobrir,

Sem presa de onde ir ou de onde vir.

Misteriosa mulata de pele escura,

Quero você toda nua sem frescura.

Como o inicio da noite vem à fantasia,

Ao vê-la minha alma fica solta na ventania.

Misteriosa mulher que rebola e enfeitiça,

Quero você para sempre minha mestiça.

Que com pernas longas samba numa loucura,

Que beleza grande há em sua mistura.

Parece bruxa mexendo num caldeirão,

Levando-me a ter uma alucinação.

Cada rodopio um feitiço.

E eu fico todo ao seu serviço.

Todos os olhos são para a bela rapariga,

Que imortalizo em mais uma cantiga.

No salão queixos caídos a cada gesto,

Quero-a nem tenha quer ser desonesto.

Cada gesto cabe na melodia da canção.

Irei ter você nem que seja moçinho ou vilão.

Eu e muitos queremos seu corpo explorar,

Mas seu coração apenas um irá amar.

Misteriosa negra a rebolar parece rio bravio,

Que no meu destino causou um desvio.

Sucuri num abraço mortal com o jacaré a lutar,

Negra linda Para Sempre Vo’Cê Te Amar.•.

André Zanarella 22- 04 -2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 06/11/2013
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