Sentido, sem sentido...

A dor vem, a dor vai;

Tudo que sobe desce,

O que doía não dói mais,

Pois o tempo a desvanece.

O suor que escorre no rosto,

Misturam-se as lágrimas,

em fadigas e desgostos

se dissolve em fumaça

que sobem, desaparecem

vão para o abstrato

mas não descem

e nem pintam retratos

logo são esquecidas

jogadas num canto

como as lagrimas e a fadiga

que compõem o meu pranto.

Mas corro sem direção certa

direção certa não é caminho

o que afaga, o que encerra

é ter medo de carinho

pois assim como fumaça

pode subir de mais no ar

se tornar abstrato sem graça

e o pior, é não poder tocar.

Ubiratã Pinto

Ubiratã Cerqueira
Enviado por Ubiratã Cerqueira em 05/11/2013
Código do texto: T4557935
Classificação de conteúdo: seguro