Será que não vês?


Será que não vês o imenso mal que fazes
A ti própria, a mim, a todos que te amam,
Ao nos privar de tua requerida presença,
Imersa em teu próprio ego em profundo estudo?
Não vês que os que assim são, contumazes,
Declinam da vida e logo após reclamam
Do quanto deixaram de viver esta ciência
do amor, escondendo-se como sob escudo?

Cada segundo passado ao largo, distante
De ti, de teu corpo que tanto amo e venero,
De teus pensamentos, de teus dengos e carícias
É um suplício com que me angustio, silente.
Ao invés de estarmos juntos, amados amantes,
Encontro de corpos e mentes é o que mais quero,
Na comunhão do desfrutar mútuo das delícias
Dos momentos de amor vividos, sempre diferentes.

Basta de tanto rolar na cama, sem tua presença,
Único bálsamo que me conforta, que me acalma,
Se assim o continuarmos, te juro, peço licença,
E vou embora em busca de minha própria alma.
Bem sabes que a ti me entreguei por inteiro,
Desde o primeiro momento em que encontramos
Este amor imenso mantido latente, verdadeiro,
Desde o primeiro instante em que nos amamos.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 05/11/2013
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