Outra
Manda esse vagabundo embora,
hoje é dia de trabalhar,
escorado na porta,
da cama pro bar,
escovar os dentes
com aguardente,
vai doer,
vai passar,
por baixo da ponte,
já não me pertence,
o brilho intenso
da estrela cadente,
sabe como ninguém
dominar o dominó,
no fim está só,
dormindo no sereno,
bofes pra fora,
um hálito que repugna
quem chegar na porta,
fechada,
ei de mudar,
num boto mais nem um gole
desta maldita,
não vou mais grupo,
nem colo na boca,
nem marco na pista
manda esse vagabundo embora,
a vida é agora.