Asfixia...
Onde habita a perplexidade do silêncio
É onde minha alma se aniquila... Ou se mostra
Num eterno elo com a rotina
Ali coexiste meu complexo ser
Tão translúcido na sua quase não existência
Envolto em véus de ébano de minhas ilusões
Mas sem nunca desistir de brilhar...
Essa verdade me desafia nas palavras que escrevo
E me acusa no semblante
Que o reflexo do espelho mostra
Na tentativa vã...
De traduzir o silêncio que em mim habita...
Galvanizo por vezes meus versos
Em dissertações tão supérfluas
Quanto pode ser algo
Que não se vislumbra a profundidade... Pelo sua escuridão
Demostrando no corpo que por vezes entrego
Num sexo qualquer... Aos convexos de outro corpo
No apelo de encontrar no outro
Um pouco do esquecido de mim
Felicidade volátil...
Quanto volátil é o momento do êxtase!
Paradigmas sem formas
As sensações que descrevo
Pobreza nas letras
Quando o valor mensurado é a emoção
Se comparada, especulada, mas nem sempre entendida...
Posso pressentir os sons e ritmos
Que me invadem a mente
E faz pulsar mais rápido o coração
Ensurdecedor o silêncio que habita
Na complexidade de minha alma...
Que se faz presente, no momento da explosão de luz
Num ato fortuito de amor!