Asfixia...

Onde habita a perplexidade do silêncio

É onde minha alma se aniquila... Ou se mostra

Num eterno elo com a rotina

Ali coexiste meu complexo ser

Tão translúcido na sua quase não existência

Envolto em véus de ébano de minhas ilusões

Mas sem nunca desistir de brilhar...

Essa verdade me desafia nas palavras que escrevo

E me acusa no semblante

Que o reflexo do espelho mostra

Na tentativa vã...

De traduzir o silêncio que em mim habita...

Galvanizo por vezes meus versos

Em dissertações tão supérfluas

Quanto pode ser algo

Que não se vislumbra a profundidade... Pelo sua escuridão

Demostrando no corpo que por vezes entrego

Num sexo qualquer... Aos convexos de outro corpo

No apelo de encontrar no outro

Um pouco do esquecido de mim

Felicidade volátil...

Quanto volátil é o momento do êxtase!

Paradigmas sem formas

As sensações que descrevo

Pobreza nas letras

Quando o valor mensurado é a emoção

Se comparada, especulada, mas nem sempre entendida...

Posso pressentir os sons e ritmos

Que me invadem a mente

E faz pulsar mais rápido o coração

Ensurdecedor o silêncio que habita

Na complexidade de minha alma...

Que se faz presente, no momento da explosão de luz

Num ato fortuito de amor!

Observadora
Enviado por Observadora em 05/11/2013
Reeditado em 05/11/2013
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