Devaneios...

Envolvida em devaneios... Deitada no tempo

Observando o nada...

Encantada com o tudo

Percebo uma borboleta se debatendo

De encontro ao vidro da janela

A transparência lhe permite a visão do infinito

A liberdade lhe parece tão ao alcance...

Mais o vidro não à deixa sair...

É Maya pregando-lhe uma peça

Mas ela nem percebe

Na ânsia louca de voar... Presa do seu mundo de borboleta...

Na direção de seus sonhos

Percebo sua aflição... Sinto-a também

__Empatia com sua vontade de liberdade__

Num determinado momento

Ele pousa no vidro... Desisti!

Não sei se borboletas choram...

Ao ver a felicidade perto dos seus olhos

E ao mesmo tempo

Tão longe do seu real momento...

Mas eu chorei...

Somos parecidas... Eu e a borboleta

Estou quieta... Passou meu momento

Observo no desesperado debater-se dela... O meu próprio

Posso ver meus sonhos ao longe...

Quase palpáveis

Mas o vidro das consequências de ações impensadas

Não me permitem voar de encontro aos mesmos...´

Faço dela as minhas lágrimas...

Faço do seu debater-se, o meu!

Observadora
Enviado por Observadora em 04/11/2013
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