Devaneios...
Envolvida em devaneios... Deitada no tempo
Observando o nada...
Encantada com o tudo
Percebo uma borboleta se debatendo
De encontro ao vidro da janela
A transparência lhe permite a visão do infinito
A liberdade lhe parece tão ao alcance...
Mais o vidro não à deixa sair...
É Maya pregando-lhe uma peça
Mas ela nem percebe
Na ânsia louca de voar... Presa do seu mundo de borboleta...
Na direção de seus sonhos
Percebo sua aflição... Sinto-a também
__Empatia com sua vontade de liberdade__
Num determinado momento
Ele pousa no vidro... Desisti!
Não sei se borboletas choram...
Ao ver a felicidade perto dos seus olhos
E ao mesmo tempo
Tão longe do seu real momento...
Mas eu chorei...
Somos parecidas... Eu e a borboleta
Estou quieta... Passou meu momento
Observo no desesperado debater-se dela... O meu próprio
Posso ver meus sonhos ao longe...
Quase palpáveis
Mas o vidro das consequências de ações impensadas
Não me permitem voar de encontro aos mesmos...´
Faço dela as minhas lágrimas...
Faço do seu debater-se, o meu!