O véu
O véu.
Os filhos da aurora franzina,
mergulham na bola de fogo.
Os últimos a sair da surdina,
aos olhos dos deuses dos loucos.
Tudo esta quieto e contrario,
numa calada de letras de fim.
O ciclo do nau opiáceo,
q’arranca tudo de mim.
Martirizo-me a pensar num véu,
que separa com força suprema.
Razão de luta ao léu,
um amor fatídico me queima.
Sopra o carinho dos braços
Contenta-te a um só laço.
Serás eterno teu cheiro!
Sob pequenas nuvens lunáticas,
teu sorriso em gotas acrobáticas.
Neste infinito meu leito