Não mexas em meu patuá
Essa forma como te lanças em meus braços,
Em um abraço apertado, de quase me tirar o ar,
Faz com que me sinta, quando em teu regaço,
Protegido pelos deuses, como portando patuá.
E à vida me entrego, de peito aberto, destemido,
Pois sei que agora nada mais poderá me atingir,
Pois tenho a proteção deste corpo amante e amigo
A me envolver e nada mais poderá me afligir.
Para obtê-lo, vaguei pelo mundo, semiperdido
Até mesmo desencontrado de meu próprio eu,
E reencontrei afinal, mostrando-me inesquecido
Pelo tempo de espera do que sempre foi meu.
Hoje, por ele, se preciso me lanço à guerra,
Para preservá-lo a conduzir-me nesta procura,
De nossos momentos de intenso amor e viro fera
Irracional, na racionalidade de nossa loucura.
Por isso, moço, desde já aviso sou filho de Iansã,
De Oxalá clemente e também de Ogum guerreiro,
Não mexas em meu patuá, mesmo que de forma vã,
Pois com ele construirei um mundo novo, por inteiro.
Essa forma como te lanças em meus braços,
Em um abraço apertado, de quase me tirar o ar,
Faz com que me sinta, quando em teu regaço,
Protegido pelos deuses, como portando patuá.
E à vida me entrego, de peito aberto, destemido,
Pois sei que agora nada mais poderá me atingir,
Pois tenho a proteção deste corpo amante e amigo
A me envolver e nada mais poderá me afligir.
Para obtê-lo, vaguei pelo mundo, semiperdido
Até mesmo desencontrado de meu próprio eu,
E reencontrei afinal, mostrando-me inesquecido
Pelo tempo de espera do que sempre foi meu.
Hoje, por ele, se preciso me lanço à guerra,
Para preservá-lo a conduzir-me nesta procura,
De nossos momentos de intenso amor e viro fera
Irracional, na racionalidade de nossa loucura.
Por isso, moço, desde já aviso sou filho de Iansã,
De Oxalá clemente e também de Ogum guerreiro,
Não mexas em meu patuá, mesmo que de forma vã,
Pois com ele construirei um mundo novo, por inteiro.