Do Confidente

Ele me beija, feito um parente

um velho conhecido de outra era

seu beijo tem gosto de primavera

os seus olhos, as cores do sol-poente.

Ele vem e, então, me refrigera

daquilo que, em mim, era tão ardente

e o que nunca foi frio, fica quente...

sopro que acende a morna quimera.

Ele é mudo, porém, eloquente

no sussurro de flor...no urro de fera

e sua voz chega sempre sincera

se a sinceridade está presente...

meu amigo, meu caro confidente :

vento...o que fala...que ouve...que gera.

31-10-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 03/11/2013
Reeditado em 10/12/2015
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