Do Confidente
Ele me beija, feito um parente
um velho conhecido de outra era
seu beijo tem gosto de primavera
os seus olhos, as cores do sol-poente.
Ele vem e, então, me refrigera
daquilo que, em mim, era tão ardente
e o que nunca foi frio, fica quente...
sopro que acende a morna quimera.
Ele é mudo, porém, eloquente
no sussurro de flor...no urro de fera
e sua voz chega sempre sincera
se a sinceridade está presente...
meu amigo, meu caro confidente :
vento...o que fala...que ouve...que gera.
31-10-2013