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Não quero em meus braços, que retornes para mim
Por puro acaso, como mensagem lançada ao mar
Com um pedido aflito de socorro por náufrago
Perdido em meio a tantas ilhas da própria vida.
Por ironia, após vagar por todo o oceano, enfim,
Por não encontrar um destino, a quem se entregar,
Retornas ao ponto de onde partiste como sufrágio,
Para acalanto de quem há tanto te aguarda, aflita.

Se a meus braços retornares, que o seja consciente
Da imensidão deste amor que te aguarda e espera
Por toda uma vida talvez até mesmo desperdiçada
À procura do mesmo porto de onde partiu um dia.
Se tu soubesses o tanto e por onde andei demente
A tua procura, por toda uma vida, como quimera,
Te lançarias agora em meus braços, desesperada,
Sorrindo pela tanta tristeza e chorando de alegria.

Volta, mas desta vez para sempre, pela eternidade,
Torna a meus braços que te aguardam saudosos
Para viver a vida que sonhamos desde tenra idade,
Até o último de nossos dias, ao morrermos idosos.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 03/11/2013
Reeditado em 31/08/2019
Código do texto: T4554445
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