Do Coração Vidente

A mente se delicia do doce e romântico prazer

de sonhar com um bem-querer que a desperte no romper do dia

vestido da solar magia que rompe com o amanhecer

para que, então, possa encher a solidão da noite vazia.

Mas, o vaso do coração (muito mais profundo que o da mente)

vê que o bem-querer ausente - que ela chama de solidão

não passa de uma ilusão de quem pensa (pensando que sente

pois, sentimento é diferente e nem precisa da razão).

Esse amor imaginado (feito ponte entre dois amantes

como se estivessem distantes, por um abismo escavado)

é algo muito mais pensado; e por cegas razões delirantes...

porque o coração já viu, antes, e (ainda) vê, ao seu lado

o grande amor sutilizado, que enche todos os instantes...

invisível aos só-pensantes, por ser tão sutil e delicado.

31-10-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 02/11/2013
Reeditado em 10/12/2015
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