Da Brasa

Quando você passa, para o meu coração

e toda a emoção fica e me abraça

sinto-me a caça recebendo atenção

e minha brasa, então, faz (no peito) fumaça.

E, quando olha pra mim, essa brasa ardente

queima, de repente, num fogo que não tem fim...

que parece ruim mas, que me faz bem, somente

pois, arde (docemente) feito beijo-carmim.

E, então, se você vem, sou eu que vou embora

cai a noção da hora e viajo, além

como chama-refém, do fogo que a devora...

doce como amora e, vermelha, também...

que dá ordens, porém, com jeito de quem implora...

como eu, agora, para que fique, meu bem.

01-11-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 01/11/2013
Reeditado em 10/12/2015
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