Da Brasa
Quando você passa, para o meu coração
e toda a emoção fica e me abraça
sinto-me a caça recebendo atenção
e minha brasa, então, faz (no peito) fumaça.
E, quando olha pra mim, essa brasa ardente
queima, de repente, num fogo que não tem fim...
que parece ruim mas, que me faz bem, somente
pois, arde (docemente) feito beijo-carmim.
E, então, se você vem, sou eu que vou embora
cai a noção da hora e viajo, além
como chama-refém, do fogo que a devora...
doce como amora e, vermelha, também...
que dá ordens, porém, com jeito de quem implora...
como eu, agora, para que fique, meu bem.
01-11-2013