Da Negra-Flor

Negra, sua pele veste a noite de preto

e, por sua causa, ela me veste também

com esse negro e apaixonado soneto

que desconhece toda a beleza que tem.

Ah, deusa de ébano, sou apenas graveto!...

um modesto poeta que é grande, porém

no amor que lhe entra até o esqueleto

e, nesse seu soneto, onde vai mais além.

A sua cor é a tinta do meu coração

com ela, eu tinjo minha alma de amor...

no jardim do meu peito, é você, negra-flor

que faz, da primavera, um ardente verão

e faz escorrer do meu florido vulcão

a lava do desejo (que tem a sua cor).

01-11-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 01/11/2013
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4551762
Classificação de conteúdo: seguro