Quimera

Em humilde ato

Aceito a quimera

que habita os poetas.

Doença

que assombra a essência,

que permuta o estado mórbido

da alma humana.

Que aflora a perspicácia

que deteriora a luz remanescente

que, por hora, desobstrui poros incandescentes.

Que escarra uma lírica suja

e mal amada.

E mesmo,

mesmo que o corpo fale

e repudia a minha literatura...

Ainda sei que a alma transmuta.

Que na sucção nunca satura.

E que na antropofagia

encontro o refúgio do corpo que expulsa.

David Castro
Enviado por David Castro em 31/10/2013
Código do texto: T4550203
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