...dê-me um nome!

Quanto ao que sei, não sei o que dizer;

e o que não sei dizer eu sinto.

Cada traço do teu rosto é a soma perfeita da natureza

descrita de forma humana e apaixonante;

Teus lábios, teu olhar,

são a configuração perfeita de o que me atrai!

Como anseio por tocar-te;

deixar meus dedos deslizarem por teu rosto,

sentindo tua pele macia...

...e poder tocar teus lábios com os meus

e sentir o teu desejo de entrega-se ao proibido

sem se proibir de sentir o que não quer sentir mas sente!

E é quente, não é morno nem frio...

É uma soma de carências e sonhos, e fantasias,

é alegre, mas agonia a alma por parecer tão impossível...

Mesmo assim, você me quer;

eu te quero, e te espero todos os dias enfim...

Mas às vezes você não vem, não fico bem,

você é meu bem, meu amor, meu sonho lindo...

E às vezes me inspiro em amar outra vez,

como um adolescente, me ascendo incandescente

e esse fogo não se apaga e você me afaga em teu braços em meu pensamento;

me consola por um momento quase posso sentir teu calor;

mas se desfaz, leva minha paz humana e tudo fica tão diferente,

parecemos sós, sou apenas eu e não nós...

Fico viúvo de meus sentimentos;

de meus projetos e de minhas loucuras,

minha alma corre nua pelas ruas a onde imagino te encontrar;

mas sei que não vou te ver; então te vejo outra vez no abstrato,

na forma de um retrato, desenhado pelo meu coração e você chama ilusão, aquilo que você não quer sentir por mim,

mas que já brotou; você chama pecado, eu chamo amor!

Ubiratã Pinto

Ubiratã Cerqueira
Enviado por Ubiratã Cerqueira em 30/10/2013
Reeditado em 01/02/2016
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