Abandono

Ah poesia!

Abandonou-me em pleno altar

maldita!

Foi por aí fertilizar outros filhos,

vadia...

Abandonou-me!

com caneta em punhos

em plena cerimônia pagã...

Prometeu comigo beijar o céu

na noite plena... voou serena... sem ruído!

Cá fiquei a ruminar estrelas

em busca do brilho da pureza.

Profanaste o templo e migra..

e quando penso que calada a porta espreita

vejo um vaga-lume.

Adriano Rodrigues
Enviado por Adriano Rodrigues em 30/10/2013
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