[Horror à luz]
Sentado num minúsculo
banco de madeira,
eu apoio os cotovelos nos joelhos,
seguro o rosto com as duas mãos,
e quase cravo os indicadores nas têmporas —
em total estupor diante do que tenho vivido,
para tentar a impossível fuga do horror à luz,
eu escondo o rosto do Amanhã.
Eu bem sei — arrasto o tempo Passado
que há de me imolar ao tempo Futuro.
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[Desterro, 29 de outubro de 2013]