[Horror à luz]

Sentado num minúsculo

banco de madeira,

eu apoio os cotovelos nos joelhos,

seguro o rosto com as duas mãos,

e quase cravo os indicadores nas têmporas —

em total estupor diante do que tenho vivido,

para tentar a impossível fuga do horror à luz,

eu escondo o rosto do Amanhã.

Eu bem sei — arrasto o tempo Passado

que há de me imolar ao tempo Futuro.

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[Desterro, 29 de outubro de 2013]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 30/10/2013
Reeditado em 30/10/2013
Código do texto: T4548873
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