Da Alma Cigana

Se os barulhos da rotina ferem a seda dos seus ouvidos

se já ouve novos ruídos anunciando nova chacina

deixa o burburinho, menina!...vem silenciar seus sentidos

esse dos sons poluídos (que te fere e que te contamina)

e outros que te ferem a paz (com gostos, com cores ou com cheiros)

sendo eles os carniceiros daquilo que não te satisfaz

embrutecendo, cada vez mais, os sentidos menos grosseiros...

que são, da alma, os mensageiros...e, do coração, os canais.

Vem para retirar sua mente dessa loja de porcelana

onde apenas engana com a delicadeza aparente

e quebra tudo, de repente, quando se coça ou se abana

pois, ela é tão humana quanto uma elefanta carente...

assim, silenciosamente, venha pra sua rude cabana

onde, a sua alma cigana, mora nesse rude presente.

28-10-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 30/10/2013
Reeditado em 10/12/2015
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