Na corda bamba
Deste peito que ora brota incontido
Tudo que sempre fui, que sou, que serei,
Sem mesmo saber se mocinho ou bandido,
Se um reles miserável ou mesmo um rei.
Deste mesmo peito que por vezes jorra
Torrentes de amor, de fé, de esperança,
No momento seguinte quer ir à forra,
Esquece o amor e clama por vingança.
E este corpo cansado, exausto de viver
Eternamente nesta tênue corda bamba
Nesta dúvida cruel entre o ser e não ser
João bobo, indo onde o destino descamba.
Contido na imensidão de meus sentimentos
Na ânsia da busca da própria felicidade,
Perco-me em meio aos próprios pensamentos
E olvido-me de mim, de minha identidade.
Qual é, afinal, o fim que nos é destinado,
Amplitude deste amor, sem ter a quem o dar,
Pois sabes, encontramo-nos impossibilitados
De sermos o que somos, até mesmo de amar.
Se hoje me encontro inteiramente perdido,
Fazendo de toda minha vida o instante,
Em que estou preso em teus braços, rendido,
Em que és minha mulher e eu teu amante.
Deste peito que ora brota incontido
Tudo que sempre fui, que sou, que serei,
Sem mesmo saber se mocinho ou bandido,
Se um reles miserável ou mesmo um rei.
Deste mesmo peito que por vezes jorra
Torrentes de amor, de fé, de esperança,
No momento seguinte quer ir à forra,
Esquece o amor e clama por vingança.
E este corpo cansado, exausto de viver
Eternamente nesta tênue corda bamba
Nesta dúvida cruel entre o ser e não ser
João bobo, indo onde o destino descamba.
Contido na imensidão de meus sentimentos
Na ânsia da busca da própria felicidade,
Perco-me em meio aos próprios pensamentos
E olvido-me de mim, de minha identidade.
Qual é, afinal, o fim que nos é destinado,
Amplitude deste amor, sem ter a quem o dar,
Pois sabes, encontramo-nos impossibilitados
De sermos o que somos, até mesmo de amar.
Se hoje me encontro inteiramente perdido,
Fazendo de toda minha vida o instante,
Em que estou preso em teus braços, rendido,
Em que és minha mulher e eu teu amante.