As Luzes!

As luzes!

O que elas representam pra ti?

Um simples adereço de dia e de noite?

Desse simples imitar da existência?

As luzes reagem e confiscam a tua moradia

São elas que iluminam pensamentos

Tem seu excelso agrado. Força sempre.

As luzes ameaçam o Sol remir o poço d’água

Os jornais publicam temporal de chuva pra hoje

É fato,

Não é displicência

Um bom cálice de vinho barato nessas horas,

Reverencia os adeptos de etiqueta.

Vamos celebrar as luzes que encantam crianças em noite de Natal

Celebremos a paz e o amor

Verso tão simples em si dizer

Tão simplório e instinto.

A vizinha mora meia quadra de minha casa,

Vai ao supermercado todo santo dia

Dizem que todo dia é santo

Se todo dia é santo

Fátima é santa rainha.

Não lhes apresentei a Fátima? Releve-me.

Fátima é personagem deste poema

Em todo dia que é santo, Fátima procura ser feliz

Se não procura, tenta

Desvincular sensações do dia-a-dia é estupefato, mas, Fátima

É personagem com personalidade e distinta em demasia, e por isso,

Não a encontrei hoje no supermercado

Faz dias que não a vejo

E dias que sinto em desejo.

Tu viste?

Tu acreditaste?

Tu tocaste? São notórias e palpáveis as luzes do teu olhar, a essência cura da minha lucidez

O pipoqueiro do parque afirma:

-As luzes são de brigadeiro.

Contudo, se as luzes de brigadeiro são; Fátima, que a mais de uma semana que não revejo

Tenho toda intenção de conquistar o amor da Fátima, mas,

Disso, só o futuro dirá

Ninguém soube o que ocorrera naquele santo dia

Em tudo que se acalma

Nem tudo é cinema

Nem tudo são gestos e indigestos

As luzes!

Elas que cruzam e formam simetrias de polígonos nos rostos embriagados

Tão inebriante é a força, o desencontro, a armadilha

Neste poema tudo vale

Vale tudo

Só não vale desentender que a Fátima, apesar dos empecilhos da vida

É Feliz!

(Carlos André)