MEU ALENTEJO AMADO!

Nasci em ti, porque assim quis o meu fado

Bendita a hora em que do sonho, acordado

Trouxeste-me mil riquezas de pasmar.

Foram campos onde se ceifava o trigo

Quimeras qu` inda hoje, trago comigo

E que deste meu coração, não pretendo afastar!

Cresci em ti, em momentos de acalmia

Fiz da minha vida uma poesia

E na planície gerei como que um filho.

Que agora no meu ventre carrego com amor

Porquanto tens na alma o saber e o sabor

Que a cada instante contigo…eu partilho!

Trabalhei em ti, com suor no rosto

Em dias de calor intenso, no mês de Agosto

Mas nunca me cansei de ser feliz.

E mesmo sob o sol escaldante da planura

Em ápices de mágoas e amargura

Jamais arranquei do peito…minha raiz!

Envelheci em ti, como tudo nesta vida

Em jeito às vezes de uma breve despedida

Partia lá pra longe, mas levando-te na lembrança.

E entre os campos cobertos de papoilas

Havia devaneios com as lindas moçoilas

Havia de novo em mim…uma criança!

Depois de muitos anos transcorridos

Ainda não retive os meus sentidos

Voltando de novo ao tempo já passado.

E cá dentro deste modesto coração

Apenas mandarei vir o caixão

Pra morrer em ti, meu Alentejo …tão Amado!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 28/10/2013
Código do texto: T4546095
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