Poemix

SENSO INCOMUM

há mais coisas

entre a arte

e o artista

do que sonha

vossa vã teoria

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Zen [vaga]bu[n]dismo

queria a iluminação

largou tudo

viveu uma vida simples

vagando pelo mundo

há dele quem se recorde

toda noite meditando

debaixo de um poste

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tua ausência dá frio

na essência

Sol

enquanto Eules pirar

vou me queimar em você

sol enquanto eles pirar

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hoje em dia

a crise tá malz

a coisa nada boa

tá tudo muito meio marromeno

e a gente sempre por aí a toa

(no rio da vida)

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andando sem eira

nem beira

descobriu o vácuo

da poeira do chão

e na cheia

da poeira das estrelas

a distância entre

o olho e o olho adentro

é ou não uma fronteira?

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coincidência de rima

se o povo sai relendo

vai achar que é obra prima

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RIMAR COM AR CANÇÃO COM ÃO

todo mundo acha lesa aquela canção

que tem falta de ar rimada com amar

e qualquer outra coisa com o coração

todo mundo infantil vai achar

e dizer que é pobre a rima do não

com a do o cão miúdo do inferno estelar

essa canção que eu fiz eu fiz só pra mostrar

que essa rima bem lesa vive a respirar

e que rima nenhuma é feita em vão

esse verso daqui é pra finalizar

porque todo poema tem que acabar

(ou não?)(cabar!)(ou não!)(cabar?)(ou não...)

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COMPLETO DEJEITADO

do jeito que você me horta

vai dar repolho

do jeito que você me porta

vai dar ferrolho

do jeito que você me molha

vai dar piolho

do jeito que você se importa

vai dar desgosto

esse é um pensamento

meio aeromorto)

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contr[a]o verso

só apelos

di-versos

os outros dispenso

ou disperso

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o silêncio é o quê?

uma gaveta

de compensado?

pelas eras de fala

um minuto de shiu

onde cacos do silêncio

quando ele se partiu?

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das coisa chique da vida

nem entendo

nem me atrevo

o resto ficou aqui

migalhas que eu escrevo

pra enganar a fome

(da alma)

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POEMONARCAS

pô e sia

a dupla dinâmica

de toda estrupulia

seu reino é submerso

em cada verso e eles são

rei e rainha e é lei

nos salvam de repente

nos batem de rente

dizendo: se mântica!

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esse dilema interminável

entre poema pequeno

ou grande

talvez seja melhor

poemar silêncios

tipo o de gandhi

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com poesia

a vida por vezes muda

por outras só com silêncio

aconteceu com a tua

buda

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SOCIEDADE DO ESPETÁCULO

respeitável público

bem vindos ao show

da sociedade do espetáculo

aqui fulano cutuca cicrano

que diz que beltrano

é gente que só curte a vida

dando uma

metiiiiida...

pra todo lado

esse espetáculo da ida

é a casa de forreiros

e espeto de

uau

(essa não foi sentida)

Dija Darkdija

Dija Darkdija
Enviado por Dija Darkdija em 28/10/2013
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