E O VERSO SE FEZ VOZ...
No meio da tarde,
Ecoa o verso do poeta...
Ainda preso na garganta,
Rebusca a magia do silencio,
Num debate interior do não dividir.
O verso não pode ser egoísta, lembrou...
O sol arde na pele,
Um vodka gelada suaviza a mente...
E quebrando todas as barreiras,
Da tensão... do medo:
Como seria o timbre? o sotaque?
E o verso com um raio,
Corta toda a dúvida e se faz vez,
E se faz voz...
A tarde fica ainda mais bela,
E a noite com certeza trará o eco do que foi dito...
Convidando o sonho,
A não calar depois.