Amar-te foi o mais cruel dos enganos
maculando meu corpo neste corpo impuro
sentindo a aspereza das vestes de um cigano
imolar-me, nesta tara, mais que um perjuro.

E na saciedade dos nefandos desejos
morta, serei melhor lembrada
e, por certo que serei, por ti, apedrejada...
Então, mordo tua boca, cuspo em teus beijos!

Inda que pareça profano, são sonhos meus.
Violas meus planos, gritas impropérios
mas, devolva-me ao inferno, Proteus!

Envolto em sórdidas mentiras e mistérios
guardas nesta tua mente doentia e fútil
um passado torpe, mesquinho e inútil!











 
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 28/10/2013
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