RIO DA POESIA!
Rio que corres da nascente à foz
Levando nas “veias, no corpo e na voz”
Poemas de amor, perfume e alento.
E as tuas águas leves e serenas
Deixam na alma, lembranças pequenas
Que às vezes esvaem, colhidas pl`o vento!
Rio que vais da foz à nascente
Levando ternura em teu “sangue” quente
De “braços” abertos pra nos receber.
Com tanta meiguice e sofreguidão
Quisera eu um dia dar-te o coração
Quisera eu um dia, também eu “correr”.
Rio que aportas lá em alto mar
Levando a “esperança” a quem navegar
Em veleiro à deriva, nas ondas de espuma.
Se eu “mergulhar”, na areia a teus pés
Em cada palavra, saberei quem és
E espero por ti, nas horas de bruma.
Rio que encadeias, minhas mãos calosas
Que recebes anjos, demónios e rosas
E que ainda tens tristeza, alegria.
Dás-me o sentimento de culpa e prazer
Mas amo-te tanto, pois sei que vais ter
Um lugar só teu…um rio da poesia!