RIO DA POESIA!

Rio que corres da nascente à foz

Levando nas “veias, no corpo e na voz”

Poemas de amor, perfume e alento.

E as tuas águas leves e serenas

Deixam na alma, lembranças pequenas

Que às vezes esvaem, colhidas pl`o vento!

Rio que vais da foz à nascente

Levando ternura em teu “sangue” quente

De “braços” abertos pra nos receber.

Com tanta meiguice e sofreguidão

Quisera eu um dia dar-te o coração

Quisera eu um dia, também eu “correr”.

Rio que aportas lá em alto mar

Levando a “esperança” a quem navegar

Em veleiro à deriva, nas ondas de espuma.

Se eu “mergulhar”, na areia a teus pés

Em cada palavra, saberei quem és

E espero por ti, nas horas de bruma.

Rio que encadeias, minhas mãos calosas

Que recebes anjos, demónios e rosas

E que ainda tens tristeza, alegria.

Dás-me o sentimento de culpa e prazer

Mas amo-te tanto, pois sei que vais ter

Um lugar só teu…um rio da poesia!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 27/10/2013
Código do texto: T4543915
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