História de um homem sozinho
No meio de uma vida solitária,
Lá estava Meneses:
Em casa, lendo seus personagens,
Sem amigos, sem vida.
Não fazia nada e mais nada.
Não sabia o queria,
E tentava ver quais eram suas crenças para si mesmo
E saber quais eram as suas coisas lúcidas do mundo;
Tentava conquistar as coisas mesmo sem razão.
No poço de vida ele estava tapado pelos seus pensamentos
E, o resto, ele fitava com certo olhar de mesura.
Saía das leituras (e das reflexões):
Andava pela casa:
Não fazia mais nada, além disto.
Andava, andava e mais andava...
Até desgastar a andação.
Se não andava, só lia e relia o que podia.
Insistia em leituras:
Ler esses versos como se não houvesse
Mais nada para alguma realização.
Ficava como outrora,
Com aquele olhar e pensamento irredutíveis
E pensou: deixei-me ser como um vasto mundo!
Ai que mundo!