DESTINO
(Sócrates Di Lima)
Não ando devagar,
Nem tão assim depressa,
Gosto de divagar,
Porque assim me interessa.
Conforme o meu destino,
Corro e ando na minha estrada,
De menino homem e homem menino,
Reveso-me na minha jornada.
Sigo sempre em frente...
Levo o passado como lição,
Aprendizado permanente,
Nas coisas ingênuas do coração.
Já fui ingênuo e puro,
Ja fui mocinho e bandido,
Já fui cafajeste imaturo,
Já apanhei por ser atrevido.
Já montei cavalo bravo,
Touro pelo chifre já segurei,
E da mulher eu sou escravo,
Porque muito elas, eu já amei.
E assim eu em frente eu sigo,
Na carreira do meu destino,
Devagar ou apressado eu consigo,
Continuar amando feito menino.
Já amei e já fui amado,
Com loucura e com serenidade,
Já fui objeto de desejo e já fui usado,
Já usei e desse uso não tenho saudade.
Tenho saudade do que amei de verdade,
Das loucuras que já fiz...
Quero continuar sendo um louco na vontade,
De amar muito mais como eu sempre quis.
Nu de mim, sigo o caminho de Deus...
Onde tudo que ele me der aceito sem desatino,
Porque a mulher que, ainda, tiver os sonhos meus,
Caminharemos juntos na estrada do nosso destino.