Auto-reforma

Sentir-me evoluído

Contanto que não haja recorrência à arrogância

Ainda que, por ora, não possua tal certeza

Ainda que o amor tenha perdido a esperança

Ainda que o Sol tenha perdido sua beleza

Não exatamente sei lidar com tais morais

Nem à sinergia de razões sei me velar.

Por mais que, à densa noite, têm-se feito meus rivais,

Meus conforto e alegria, um dia, hei de desfrutar.

Há tempos, têm-se extinguido as flores dos jornais

Chegado é o momento a travestir de rio meu mar

A fim de que, à sutileza, se penetre às capitais.

A rogar às novas tardes que me deixem respirar.

Sentir-se evoluído...

Crer no potencial de meus sentidos

Somente às qualidades de meu ser prestar ouvidos

Contanto que não haja recorrência à arrogância

Ainda que o amor tenha matado as esperanças