[Duas Aragens]

Aragens... ah, as levíssimas aragens

que sopravam logo após a chuva,

e faziam rolar as translúcidas gotas de água

pelo verde substancial das folhas da taioba...

Aragens... O que eu não daria sentir de novo

a leve e melíflua aragem do teu hálito

a soprar do meu rosto as lágrimas

que rolavam depois do gozo primacial...

Duas aragens que me viajam,

duas aragens que ainda sopram

através do tempo e do espaço —

aragens de chuva, aragens de amor!

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[Desterro, 25 de outubro de 2013]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 25/10/2013
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