Anhanga Ratá... Tesa'yroba... (Inferno... Lágrimas Amargas)

Preso neste inferno a murmurar

Ranjo os dentes, tortura incessante

Açoites, cortes, dolente grandura

Venenos, dores excruciantes

Do mais alto cume às profundezas do abismo

Estou purgando, sempre a queimar

Arranjos malignos de uma sinfonia infernal

Minhas lágrimas formam um mar

Gosto amargo e fúnebre

Lágrimas imundas de horror

Grandiosos lustres lúgubres

Dolorosa falta d'amor

Os vermes e a criatura carcomida

Espírito eternamente atormentado

A carcaça podre e imunda

Reflete um céu ensanguentado

Das odes de destruição

Amargura e tristeza permeiam

Sementes pútridas que serão

Motivo da morte mais feia

Ilustração fiel e corrupta

D'um universo cheio de erros

Esta caveira não me escuta

Só é devorada pelos meios

O céu vermelho despeja sua imundície

Sangue cai e inunda a terra podre

Bebi do líquido escarlate, como o viste

E para tua própria ruína foste

Palavras de um infeliz condenado

Sendo carcomido por todos os lados

Rimando pobre, sempre atarantado

Não há colo que me torne acalentado