Aquarela


Ao ver o céu agora, há pouco matizado
Pelas cores mornas do sol poente,
Tons de vermelho e amarelo que se mesclam
Fundindo-se aos contornos dos montes
Refulgindo distante, além do horizonte.
Na praia deserta somente o murmúrio
De pequenas ondas que quebram serenas
E ainda refratam os últimos raios de sol.
Nesta mesma praia verei teu corpo dourado,
Nu, expondo-me os detalhes dolente
Da perfeição de seios que meus dedos teclam
Do contorno de coxas, plácidas fontes,
Do entorno das nádegas, sereno monte,
Onde me perderei neste infinito telúrio
De teu corpo que me ofereces amena
Fundindo-nos por inteiro neste arrebol.

Sonhos, talvez, quem sabe, ou quimeras
Que ainda realizaremos, antes do verão,
Tornando mais florida esta primavera
Que nos deixou loucos de tanta paixão.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 24/10/2013
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