Acolhida


Eis que por fim encontro de novo em meus braços,
Em um abraço terno, por tanto tempo contido,
Teu corpo amado e amigo, onde enfim me refaço
Das agruras desta vida distante que tenho vivido.
Nestes doces momentos em que afinal encontro a paz
Que me transmites com teus carinhos, tua presença
Que me envolve por inteiro com teus beijos assaz
Devolvendo-me de novo ao peito a mais doce crença.

Sob o manto com que gentil cubro teu corpo desnudo,
Com as marcas, não máculas, de um amor recém feito,
Vê-se ainda o rubor nas aréolas que beijei, contudo,
Incontido pela saudade e ante a beleza de teu peito.
Na suavidade de teu umbigo onde suguei o néctar
Em teus poros e entre tuas coxas a mais pura essência
Do tudo quanto és, colibri na flor aberta a se infectar,
Loucos incontidos e incontrolados em suas demências.

Pudéssemos guardar este momento efêmero, eternamente,
Em que nos sentimos arquejantes, em orgasmo profundo,
Assim sempre fomos, mesmo no recôndito de nossas mentes,
Dois amantes que se amam e amaram, escondidos do mundo.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 24/10/2013
Reeditado em 17/11/2014
Código do texto: T4540240
Classificação de conteúdo: seguro